Quando o jornalismo salva vidas

por Adriana Franco e Eduardo Viné Boldt

Ao longo de quase dois anos, o repórter e diretor do Sindicato dos Jornalistas Guilherme Balza investigou profundamente as denúncias sobre as atitudes da Prevent Senior durante a pandemia do coronaví­rus. O que se iniciou como uma reportagem factual acabou com a descoberta de condutas antiéticas e práticas deturpadas da medicina, que podem ter provocado a morte de várias pessoas. Em entrevista ao Unidade, Balza contou sobre o desenrolar da história que acabou pautando os tra­balhos da CPI da covid-19 no Senado. Jornalista formado pela Escola de Comunicação e Artes da USP (ECA-USP), o repórter iniciou sua carreira no UOL, como redator, ainda durante a graduação. Trabalhou na CBN e hoje é repórter da GloboNews. O caso da Prevent Senior acabou ocupan­do todos os telejornais da casa e, recentemente, se tornou documentário, exibido pela Globoplay.

Balza defende que o jornalista deva se posicionar, inclusive nas redes sociais. Afirma: “O jornalista tem de ter ponto de vista, tem de ter uma perspectiva sobre as coisas. Eu acho que falsear isso é mentira”. Foi essa postura que o trouxe à direção do Sindicato dos Jornalistas na atual gestão: “Eu acho fundamental a gente ter um sindicato forte e atuante diante da conjuntura que vivemos, de um governo que persegue jornalistas”.

Queria saber como é a sua trajetória e como você construiu a sua carreira? Sei que você teve passagem pela CBN, então queria que você contasse um pouco sobre isso.

Comecei a estudar jornalismo em 2005, na Escola de Comunicação e Artes da USP. A primeira redação na qual trabalhei foi a do UOL, em 2008. Ainda estava na fa­culdade e não era estagiário. No Grupo Folha, naquela época, não existia a figura do estagiário. Entrei como efetivo, mas não era registrado, era “frila fixo”. Enfim, era contratado de modo informal, como acontece em muitos lugares até hoje. Co­mecei como redator, depois virei repórter. Fiquei no UOL até janeiro de 2015. Foram seis anos e meio praticamente ali.

Fiquei um ano fora e, quando voltei, já comecei na Rádio CBN. Nunca tinha pensado em trabalhar em rádio, mas to­pei na hora. Fiquei na CBN durante quase quatro anos como repórter, até que fui contratado pela GloboNews, em novembro de 2019. Também nunca tinha pensado em trabalhar em TV, mas veio esse con­vite. Nesse período participei de algumas grandes coberturas, fiz reportagens para o Jornal Nacional, Fantástico.

Hoje na TV, Balza é diretor sindical atuando na maior base do SJSP

“seria saudável se o jornalista pudesse se posicionar de forma clara. temos de ter maturidade de entender que o jornalista tem o seu ponto de vista.”

Você trabalhou em diversas áreas dentro do jornalismo. Desde escre­ver para site até atuar em rádio e TV. Como conseguiu articular essas mu­danças dentro da sua trajetória?

O UOL foi uma grande escola porque foi minha primeira redação. Estava ainda no terceiro ano da faculdade e você chega numa redação, já tem responsabilidades, cobranças muito fortes, então é um im­pacto inicial. Mas foi uma grande escola porque lá fiz muita coisa. Foram muitas coberturas diferentes, coberturas grandes: os protestos de junho de 2013, o golpe no ex-presidente paraguaio Fernando Lugo, viajei bastante, mas às vezes tinha um tra­balho muito burocrático de fazer galeria de foto, que dava muita audiência. Eu me forjei repórter de texto ali, então, sempre que pensava uma notícia, já pensava na lógica do texto. Na transição para o rá­dio, tive de mudar muita coisa. Mas é um processo, não é um negócio imediato. E, ao vivo, tem que aprender a improvisar; tem que aprender a não ficar preso ao texto, o rádio me deu isso. É um veículo com uma característica de ser muito local, dos problemas da cidade. Na CBN cobri muitos problemas da cidade: assuntos da Câmara Municipal, casos de suspeita de corrupção ou de alguma irregularidade na prefeitura, em secretarias etc.

Passar pelo rádio me facilitou na tran­sição para a TV. Em rádio praticamente é tudo ao vivo; tem matéria gravada, mas muita coisa se faz ao vivo. Na TV também, especialmente na GloboNews. Então, o repórter faz até VT, produz matérias es­peciais, mas é uma cobertura quente. E acho que o rádio facilitou nessa transição. Tenho um problema com a imagem, que muita gente também tem, e não gosto de me ver, mas essa adaptação vem com o tempo.

O que você pensa sobre jornalistas se posicionarem politicamente nas redes?

Essa pergunta é bem interessante. O jor­nalista tem lado, tem um ponto de vista. Aliás, o jornalista tem de ter ponto de vista, tem de ter uma perspectiva sobre as coisas, porque falsear isso é mentira. Todo mun­do tem um ponto de vista, todo mundo quando está escrevendo uma matéria e pensando em uma pauta é permeado por esse ponto de vista e por essa visão que se tem da sociedade. Agora, o jornalismo tem um método, tem limites, tem regras. Tem um método que é apurar, apurar, apurar. A gente não pode colocar uma coisa falsa, mentirosa no ar ou uma coisa que deixa dúvida. Tem que ter esse rigor. O nosso ponto de vista não pode atropelar. Esse rigor é um exercício diário.

Existem as questões editoriais [do veí­culo]. Os lugares em que a gente trabalha têm os seus posicionamentos editoriais. E limites existem em todas as redações, inclusive em veículos de esquerda. Agora, você tem o seu ponto de vista e tem de se esforçar para defender nas matérias e nas pautas que sugere. A gente está num país como o Brasil, em uma cidade como São Paulo, e tem que olhar onde está, o que é relevante para a nossa população, para o debate público. O nosso país é profun­damente desigual, com história violen­tíssima. É uma história de escravidão de 400 anos que marca tudo no nosso país. E isso tem de ser contado no jornalismo. É o que a gente tem que mostrar em várias áreas, seja na questão urbana, no trans­porte, na questão da moradia. A gente não pode perder de perspectiva a história do Brasil, a formação no Brasil, como se deu, e a nossa realidade. O jornalista tem que sempre olhar, identificar. Até porque a gente é trabalhador, e comunga muitas vezes dos mesmos problemas. Muitas vezes, a gente vive em um microcosmo no jornalismo transitando entre pessoas supostamente importantes, com dinheiro – seja celebridades, políticos, empresá­rios – e não pode perder de perspectiva onde está, onde pisa e de onde veio; quais são os problemas do nosso país, os pro­fundos problemas históricos e, sempre que possível, transformar isso em mate­rial jornalístico.

A mesma coisa vale para quando você vai fazer uma matéria de denúncia, como o caso da Prevent Senior. Você observa um absurdo que estavam fazendo: dis­tribuindo para os seus associados uma medicação perigosa e que não tinha efi­cácia nenhuma, de forma indiscriminada e sem informação. E a gente tem de ter a capacidade de se indignar com isso. Pegar essa indignação, essa revolta e falar: “Não, espera, vamos entender o que está acon­tecendo e apurar de forma que isso vire uma matéria. Vamos apurar por que isso está acontecendo, quem está ganhando, qual é o alcance. A gente também não pode ser preguiçoso. O repórter tem de apurar. Vejo muita gente e vários veículos fazendo coisas superficiais que não explicam nada, não aprofundam. E tem uma dinâmica de rede social que é muito de repercussão de polêmicas que muitas vezes não afe­tam a nossa população. Tem uma coisa do declaratório: “tal fulano falou isso”. O jornalismo tem de ir além disso. Claro que todo o tempo não dá, porque essas coisas exigem recursos, tempo, empenho, é cansativo e não é fácil.

Com relação às redes sociais, seria saudável se os jornalistas pudessem se posicionar de forma clara. A gente tem de ter maturidade enquanto sociedade para entender que o jornalista tem seu ponto de vista e tem direito de se posicionar. A gente está num momento difícil, então tem que ter os cuidados porque senão pode se voltar contra você. Então, você pode ser perseguido, alguém pode colocar em dúvida o seu trabalho, e o jornalista tem de saber se posicionar quando for preciso, mas também saber tomar alguns cuidados para não virar vidraça e preju­dicar sua carreira.

Você falou de jornalista trabalhador. Uma coisa que o Leonardo Sakamo­to sempre fala é de que o jornalista não se reconhece como trabalha­dor justamente porque está entre os poderosos. Então, se entende igual ao poderoso e não ao trabalhador. Qual é a sua relação com o Sindicato? Desde quando você é sindicalizado e qual a importância do Sindicato para a categoria?

A questão do jornalista não se reconhe­cer como trabalhador, [se deve ao fato de] que a gente transita entre os poderosos, tem acesso a coisas que a maior parte da população não tem. Então, isso dificulta, embaralha a visão, principalmente dos mais novos. E o tempo vai mostrando que nós somos trabalhadores, mas há uma questão maior: os jornalistas, em sua maioria, vêm da classe média, e a classe média brasileira hoje tem dificuldade de se reconhecer como classe trabalhadora. Tem uma condição um pouco melhor, um pouco mais privilegiada que grande parte da população, mas tem de vender sua força de trabalho todos os dias e de­pende disso para viver. Se parar de fazer isso vai à falência, vai morar na favela, sei lá, é classe média e não se reconhece como classe trabalhadora por uma ques­tão ideológica. Você é bombardeado na classe média: “Você é elite! Você é elite!”. Isso acabou sendo introjetado pela classe média brasileira e os jornalistas, como vêm dessa classe, muitos comungam dessa posição.

Sobre o Sindicato, comecei a me interes­sar já há algum tempo. Tem uns dez anos que tenho alguma proximidade com as dis­cussões. Sempre fui muito próximo do cole­tivo Sindicato é pra lutar e, no ano passado, houve um movimento muito interessante de aproximação de setores que divergiam. Houve um reconhecimento também de que o Sindicato teve um papel muito importan­te nos últimos anos e, nas últimas gestões, se aproximou da categoria.

Na Globo, tínhamos uma situação em que o Ricardo Vital, que era um diretor, queria se afastar porque estava há mui­to tempo na diretoria do Sindicato, e a gente ia ficar sem representação. Então, houve uma conversa minha com o Paulo Zocchi, que é nosso diretor e foi o nosso presidente, e perguntou se eu não teria interesse. Eu falei que sim.

É uma missão difícil porque minha vida é muito atribulada, mas acho fundamental que a gente tenha uma representação na Globo, que é a maior base do Sindicato. E eu me interessei porque acho que é fun­damental ter um sindicato forte e atuante diante da conjuntura de um governo que persegue jornalistas. E porque tem uma precarização, em geral, da categoria que avança muito rapidamente, não só dos jornalistas, mas dos trabalhadores de forma geral.

FIZEMOS OUTRA MATÉRIA COM NOVAS
DENÚNCIAS. ESTAVAM OCULTANDO
MORTES DESSE ESTUDO DA COVID E
QUE ATÉ AQUELE MOMENTO ESTAVAM
UTILIZANDO A CLOROQUINA

Apurar, apurar. A atuação do jornalista profissional envolve um método

Queria que você falasse um pouco mais sobre o caso da Prevent Senior. Como foi a apuração, de onde surgiu, qual foi a primeira pista para você se­guir essa história?

A história da Prevent Senior apareceu pela primeira vez na minha vida de jorna­lista no começo da pandemia, em março de 2020. Naquele momento as mortes por covid estavam concentradas nos hospitais da Prevent Senior aqui em São Paulo. E uma pessoa me procurou para dizer que era um parente da primeira vítima, o pri­meiro morto por covid, um porteiro do bairro do Paraíso. E me procurou falan­do: “Olha, estou indignado! Porque o meu tio morreu, e foram negligentes. Ele deu entrada com os sintomas de covid e não fizeram teste, mandaram de volta para casa. Ele voltou depois já muito mal”. Logo depois, um familiar de outro paciente con­tou uma história muito parecida. Fiz uma primeira matéria sobre a Prevent Senior e esses casos de pessoas que estavam com os sintomas claros de covid, com muita dificuldade de respirar, e eram mandadas de volta para casa. Não eram internadas, não eram testadas, voltavam ao hospital e, depois, morriam. Era algo que estava acontecendo muito lá. Fiz essa matéria e teve uma repercussão. E aí, no dia se­guinte, a Prevent Senior nos chamou para expor o ponto de vista da operadora. No dia anterior, a gente já tinha procurado a Prevent para pegar o posicionamento e ouvir o outro lado, mas queriam que a gente fosse lá conversar. E a gente foi à sede da Prevent Senior, na Vila Olímpia, conversei com o Pedro Batista Júnior, diretor executivo que foi quem prestou depoimento na CPI, e também com o Fer­nando Parrillo, CEO da Prevent Senior, um dos irmãos donos.

Naquele momento ainda não se falava de cloroquina. O Donald Trump tinha dado uma coletiva na véspera falando de clo­roquina, mas ainda era um assunto muito inicial no Brasil. Me chamou atenção que eles deram as alegações deles do motivo da morte dos pacientes e me lembro que começaram a falar da cloroquina num tom extremamente grandiloquente, como se a cloroquina fosse salvar a humanidade do coronavírus. Eles diziam que iam come­çar a usar a cloroquina e isso ia salvar a imagem da Prevent Senior, que iam mudar a história da medicina, que seriam prota­gonistas disso. Uma coisa assim que me chamou a atenção, mas eu falei: “Não va­mos publicar nada disso porque a gente não sabe de cloroquina”, pois não havia nada ainda.

Lembro que, nessa conversa, o Pedro Batista citou o Didier Raoult, aquele mi­crobiologista francês que fez a primeira pesquisa em pacientes com cloroquina. Uma pesquisa super controversa que, depois, se falou que não explicava nada. Mas essa pesquisa supostamente dizia que a cloroquina era eficaz para com­bater a covid.

Passou um ano, nunca mais falei de Pre­vent, nunca mais fiz nenhuma matéria. Um dia um amigo comentou comigo de uma live do economista Eduardo Morei­ra, em que ele falava: “Olha, um amigo cliente da Prevent Senior estava com le­ves sintomas, então contatou a Prevent Senior para marcar um teste e sequer foi atendido pelo médico, foi só atendi­do por um enfermeiro ou um atenden­te. Essa pessoa, sem testá-lo, mandou-o para casa com um kit covid, com uma série de coisas: cloroquina, azitromicina, ivermectina, zinco, vitamina C, receitas com shakes, um monte de coisa contra a covid”. Ouvi isso e fiquei espantado. Enfim, achei um absurdo e falei: “Vou fazer uma matéria disso”. E comecei a procurar outros casos. Estava difícil no começo. Então descobri que, no meu pré­dio, em um dia ou dois dias, chegaram três kits para pacientes diferentes. Em meu prédio moram muitos idosos. Eu falei: “Cara, se no meu prédio estão chegando três num dia só, esse negócio está sendo distribuído de forma indiscriminada”. Mas o pessoal do meu prédio não quis falar. Até um desses moradores morreu por covid. Não sei se teve relação com a medicação, mas continuei tentando achar outros casos. Até que consegui chegar numa família que recebeu esse kit e não quis usar. Recebeu sem ter feito o teste de covid. Eu comecei a achar nas redes sociais vários outros casos.

No fim das contas, reuni 12 casos seme­lhantes e fiz uma matéria. Entrei ao vivo na GloboNews contando que a Prevent estava distribuindo esse kit para pessoas que muitas vezes não tinham nem sin­toma de covid, que não foram testadas, para idosos de forma indiscriminada. Fiz essa matéria: era um kit com uma receita padrão, assinada por um médico que não atendeu essas pessoas, tipo um carimbo ou uma mala direta. Um diretor da Prevent Senior assinava essas receitas. E essas pes­soas muitas vezes nem eram atendidas por médicos, eram atendidas por enfermeiros etc. A matéria teve uma repercussão não tão grande, mas teve alguma.

Dias depois consegui entrar em contato com médicos que trabalharam na Prevent Senior, e tinham uma série de denúncias a fazer. Denúncias de que estavam sendo coagidos a prescrever essas medicações e que não tinham qualquer alternativa, que eram pressionados todo o tempo a prescrever essas medicações, de que trabalharam com covid. Foi em março, abril de 2021.

Fiz a matéria com as denúncias dos mé­dicos em abril de 2021 para a GloboNews. Teve uma repercussão boa na época, mas ficou nisso e continuei acompanhando a história. Naquela época, o Ministério Público abriu investigação e começaram a aparecer outras coisas: informações de que a Prevent estava testando outras me­dicações não recomendadas, medicações sem aval das autoridades. E a gente está falando de flutamida, que é um remédio para câncer de próstata e estavam usando nos pacientes de forma indiscriminada. Tive acesso a outros dois médicos que participaram da pesquisa que a Pre­vent Senior fez e usou para justificar a aplicação da cloroquina, uma pesquisa completamente irregular que o governo Bolsonaro e os defensores da medicação usaram sempre para defender. Conversei com os médicos que participaram dire­tamente dessa pesquisa. Eles disseram: “Foi tudo forjado, foi tudo falsificado, não teve nada disso. Essa pesquisa não explica nada, teve gente que tomou cloroquina e morreu, e a Prevent Senior ocultou essas informações”.

Fui reunindo esses elementos até que essa história chegou à CPI da covid no Senado. Isso foi no finalzinho de agosto, começo de setembro. Então, fizemos outra matéria com novas denúncias mostrando irregularidades, que estavam ocultando mortes desse estudo da covid e que até aquele momento estavam utilizando a clo­roquina, mesmo depois de todo mundo saber que não funciona.

A gente colocou essa matéria no ar, ex­plicando todos os detalhes, e teve uma repercussão danada. Foi para todos os jor­nais da Globo, pautou a CPI, que incluiu a Prevent Senior no seu relatório. Foram vários depoimentos de pessoas ligadas a essa história, não só da Prevent Senior como os médicos que denunciaram, a advogada Bruna Morato, pacientes. Ao longo dessa cobertura foram aparecendo mais coisas, mais pacientes trazendo de­núncias de que estavam sendo mandados para, entre muitas aspas, “cuidados palia­tivos” sem serem pacientes terminais, em uma deturpação do que é o conceito do cuidado paliativo. A Prevent Senior, para reduzir custos, segundo esses pacientes, estava enviando-os para ficar algum tem­po recebendo uma medicação até morrer, sendo que eram pacientes curáveis, que estão vivos e denunciam a Prevent. Enfim, a história foi crescendo, a cada dia foram aparecendo novos fatos. O Ministério Pú­blico abriu uma investigação mais ampla. Isso entrou no radar da CPI da Câmara Municipal de São Paulo.

Foi muita coisa mesmo, quase dois anos de trabalho, por isso também que a gente fez o documentário para a Globoplay que consegue contar melhor a história com começo, meio e fim. A história está muito bem amarrada. No fim das contas, o do­cumentário tem um pouco mais de uma hora e consegue contar desde o início da Prevent Senior, como a empresa se cons­tituiu, a chegada da pandemia, a relação com o governo federal e as histórias dos pacientes. Às vezes, na cobertura do dia a dia, muita coisa se perde porque é muita informação, e o documentário consegue contar essa história toda.