PUBLICAMOS A SEGUNDA PARTE DA REPORTAGEM SOBRE OS JORNALISTAS QUE FIZERAM A ÚNICA MATÉRIA EXTENSA SOBRE A MORTE DE VLADIMIR HERZOG, EM 1975
por Sergio Kalili
A decisão da equipe do EX- de fazer uma reportagem de fôlego sobre o assassinato de Vladimir Herzog pela ditadura foi e não foi fácil. A fotógrafa Elvira Alegre, na época com 18 anos, mulher de Hamilton Almeida Filho, o HAF, um dos editores do jornal, nunca se esqueceu do medo que sentiu nem da maneira que soube da morte do colega. Para ela, assim como para boa parte da imprensa de São Paulo, aquele 25 de outubro de 1975 marcou para sempre. “Lembro que tocou o telefone na madrugada. Quem atendeu foi o Myltainho [Mylton Severiano, editor do EX-]. Virou aquele alvoroço. Ficaram todos tensos. Já tinham outros presos. Quem seria o próximo? Nem fomos para o EX-. Continuamos em casa.”
A casa que Elvira menciona era uma extensão da redação do jornal, à rua São Gall, nº 110, na Vila Romana, zona oeste de São Paulo. Na residência de Paulo Patarra, outro editor do EX-, cabia muita gente. Além dos agregados, viviam o filho mais velho de Patarra, Ivo; Elvira e HAF; Mylton Severiano; e, entre os hóspedes frequentes, que colaboravam com a publicação, o jovem José Trajano, o escritor João Antônio e Octávio Ribeiro (o Pena Branca).
Trajano escreveu o que era viver naquela casa, com aquela turma, num especial sobre o EX-, produzido com apoio do Instituto Vladimir Herzog: “Era EX- de dia, de noite, de madrugada. E, nos fins de semana, saíamos para vender o EX- e ficar com algum, porque não pintava grana”.
Dácio Nitrini, repórter da publicação, se recorda: “Com a morte do Vlado, a imprensa ficou abalada. Todo mundo com medo. Seu pai [Narciso Kalili] e o Hamiltinho [HAF] resolveram fazer uma grande reportagem. Houve uma grande reunião de pauta. Todos nós saímos a campo para levantar informação.”
Gabriel Romeiro, que quase uma década mais tarde se tornaria presidente do nosso sindicato, participou. “A matéria sobre a morte do Vlado é uma obra-prima. Um monte de gente que fez. Um pouco da ideia nossa do que é jornalismo. Narciso coordenou essa. Era o líder. Fui um dos chamados para participar de uma copidescagem final”, lembrou.
Urgência jornalística
A notícia de que o EX- preparava uma matéria de fôlego rodou as redações. Apesar do medo, colegas de vários cantos começaram a se oferecer para ajudar, buscar informações, detalhes, fazer entrevistas, ficar de butuca em torno de algum personagem.
Myltainho Severiano deu um pouco da dimensão do terror em que viviam: “Arrebentei meus dentes com bruxismo. Dormia apavorado, tenso, com medo de que a polícia chegasse. Passava o camburão, a famosa C-14, que era o veículo fornecido pela GM para a repressão. Uma época, também trabalhei no Jornal da Tarde e do meu lado tinha outro que se foi, o Luiz Merlino. Trabalhei com ele. A gente não sabia se ia chegar no fim do dia.
“Em quanto tempo vocês fizeram essa reportagem?”, pergunto a Myltainho. “Ah, foi em uma semana. Esperamos só a missa de sétimo dia, ecumênica, na sexta, na Sé. Ele havia morrido no sábado anterior.”
Narciso, Hamiltinho e Myltainho pegaram o material levantado pelo pessoal e foram escrever na casa de Patarra, durante a noite. Passaram vinte horas incessantes. O revezamento era assim: enquanto um descansava, sempre ficavam dois acordados, datilografando, citando, relendo…
Tinham pressa, o pavor era também de serem impedidos de publicar. Elvira sentia o clima: “A gente escutava os barulhos daqueles opalas, das veraneios passando na rua, como se tivessem cercando a casa. Não sei se sabiam o que a gente estava fazendo, mas sabiam que a gente morava lá. Eles [Narciso, Hamilton e Mylton] tinham a sensação de que alguém seria o próximo. Todo mundo se conhecia, todo mundo tinha trabalhado junto. Estavam todos com medo.”
Depois de pronta, Myltainho pegou uma máquina e, com alguém ditando, passou tudo a limpo. Não só a matéria, mas a edição do EX- 16. Dos três, ele era o único que datilografava com os dez dedos. “Datilografei o número inteirinho numa máquina elétrica que tinha aquelas bolas que você trocava. Tinham umas três, quatro bolas: tinha serifado, sem serifa, itálico. Serginho Fugiwara [um dos diagramadores] conseguiu a máquina com um parente. Era muito usada por secretárias porque saía bem bonitinho.”
Com a edição do Vlado nas mãos, ele lembra como compunham as manchetes. “Vinham as folhas de papel vegetal, com as letraset coladinhas. Você tirava, assim, e ia montando os títulos. Este título, provavelmente, é letraset.
Publicar ou não?
Com a informação de que o pessoal preparava uma grande reportagem, difundiu-se o pavor da represália de que a ditadura pudesse endurecer. Uma comissão de jornalistas capitaneada por Ricardo Kotscho, composta por Wílson Moherdaui, Sérgio Buarque de Gusmão, sua mulher Adélia Borges e outros, deixou o Sindicato dos Jornalistas rumo à redação do EX-, à rua Santo Antônio, 1.043, no Bixiga.
Durante um bom tempo, trava-se um debate. Buscam convencê-los a não publicar. “Precisam pensar na segurança de vocês também.” A turma acreditava no contrário. Era preciso denunciar para, se é que fosse possível, constranger parte dos militares, forçar um recuo. Não podiam demonstrar “fraqueza, covardia”.
Uma das jogadas da repressão, que assustou muito a categoria e compeliu a formação da comissão que tentou segurar a matéria do EX-, foi soltar companheiros que estavam presos no DOI-CODI (Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna, órgão da repressão), quando Vlado morreu, para acompanhar o enterro.
Esse momento foi registrado na reportagem do EX-:
“Os fotógrafos e cinegrafistas desconhecidos não perdem nenhum detalhe no Cemitério Israelita de Vila Borges, um subúrbio do Butantã, que acordou logo cedo na segunda-feira com o barulho de sirenes, de C-14 inspecionando a área, deixando agentes em pontos estratégicos. O clima do enterro foi por demais denso. Desde o velório, porém, o clímax do nervosismo que percorreu todos os presentes foi a chegada sucessiva de 4 dos jornalistas que estavam presos desde antes de Vladimir – dois deles citados na nota oficial do II Exército como acareados com Vlado, horas antes de sua morte. A notícia da chegada do primeiro deles, Paulo Sergio Markun, ainda no hospital, despertou em todos os presentes a curiosidade sobre o que teria acontecido nas 8 horas que Vladimir Herzog passou dentro das dependências do DOI. Durante o enterro, George Duque Estrada e Anthony Christo ficaram numa elevação ao sol, encostados num túmulo. Rodolfo Konder e Paulo Sérgio Markun estavam separados. A preocupação em vê-los, examiná-los, ou ouvir algum pedaço de conversa, era geral. Mas os 4 apenas choravam, e a única informação que deram foi: tornariam a se apresentar no DOI às 8 horas da manhã seguinte. A liberação deles tinha sido excepcional, apenas para acompanhar o enterro do amigo, assim como dias antes o próprio Paulo Sérgio havia sido liberado para assistir ao batizado da filha.”
Trinta anos depois, outro amigo, o jornalista João Batista de Andrade, exibiu um documentário com os depoimentos de Rodolfo Konder e Jorge Duque Estrada. Era aquilo que muitos queriam saber, mas não puderam perguntar.
Rodolfo Konder: “Como a sala onde ele estava era ao lado, logo começamos a ouvir os gritos dele. Aí ele começou a levar porrada. […] …depois […] gritos típicos de quem está levando choques… […] …botaram alguma coisa na boca, provavelmente um pano, mas ele continuava gritando… […] …saiu alguém da sala onde ele estava sendo torturado, e ligou o rádio no corredor. […] Aí os gritos demoraram algum tempo, depois tudo parou de novo.”
Jorge Duque Estrada: “Então os pássaros cantavam, mas um silêncio mortal dentro do DOI-CODI. Quer dizer, eles tocavam campainha, batiam porta… de repente, passaram a fazer um silêncio reverencial.”
Dácio testemunhou o embate entre a comissão e a redação do EX- sobre a reportagem de Herzog. “De repente, recebemos esses representantes da categoria com medo de que faríamos uma grande provocação, de que seríamos responsáveis pelo que de ruim acontecesse com os que ainda estavam presos, que a gente seria perseguido. Teu pai [Narciso Kalili] seguia firme.”
everiano escutou o seguinte argumento: “Falavam que ia se desencadear a Operação Jacarta. Jacarta é a capital da Indonésia. Os americanos também promoveram um golpe lá. Mataram meio milhão, por volta de 1965. Mas a gente não podia fugir da nossa natureza. Eu ia morrer de vergonha se não publicasse aquilo. Eu não ia me recuperar, jamais.”
“A MATÉRIA DO EX- DEU GRANDE VISIBILIDADE AO ASSASSINATO DO VLADO. SE NÃO FOSSE ISSO, SERIA OUTRA MORTE ESCONDIDA NOS PORÕES”, AFIRMA ELVIRA.
Os massacres na Indonésia, entre 1965 e 1966, inspiraram um programa de assassinatos, apoiado por membros da linha dura do regime, no Brasil, como o general Ednardo D’Ávila Mello, comandante do 2º Exército, de 1974 a 1976. Entre as mortes atribuídas à Operação Jacarta, está a de Vladimir Herzog.
Chegou um momento em que Narciso bateu na mesa, e disse aos membros da comissão em nome de todos: “Agradecemos pelo cuidado de vocês, inclusive com a gente, mas vamos publicar. Podem se retirar.”
“Metade do grupo convenceu-se, e uns cinco, seis até ficaram pra ajudar no fechamento”, lembra Nitrini.
“A matéria do EX- deu grande visibilidade ao assassinato do Vlado. Se não fosse isso, seria outra morte escondida nos porões”, conclui Elvira. “Quase toda a imprensa falava de suicídio e publicava aquela foto montada. Talvez o Estadão tenha dito algo. Mas a única publicação que deu a verdade completa foi o EX-.”
Empresas cúmplices
A Comissão da Verdade, Memória e Justiça do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo pesquisou a história de 25 profissionais de imprensa assassinados no período. Dezoito jamais foram encontrados. O primeiro texto do relatório da comissão, logo após a apresentação, começa assim: “Poucas categorias profissionais são perseguidas pelos regimes ditatoriais em razão de sua atividade como o jornalista.” E segue: “Em muitos jornais, rádios e revistas, os próprios patrões agiam como agentes do sistema. O caso mais famoso é do Grupo Folha, que cedeu pessoal e carros para a Operação Bandeirante utilizar na busca e captura de opositores do regime. […] Pesa ainda contra o grupo o fato de ter demitido três jornalistas por ‘abandono de emprego’ no período em que estavam presos pela repressão: Rose Nogueira, Sérgio Gomes e Vilma Amaro.”
Como os editores de EX- explicam, a matéria da morte de Vlado foi assinada de maneira velada, para escapar da repressão. Um dos trechos escritos por Kalili trata justamente da Folha da Tarde, do Grupo Folha, relembra HAF. “Ele tinha ódio da Folha da Tarde. O [Octávio] Frias o entregou à polícia, literalmente. O jornal era feito por delegados, armados, gente do DOPS, gente que estava na Oban, dedos-duros. Isso parecia pessoal pra ele [Narciso], entendeu? ‘…Ah, esses filhos da puta botaram polícia… porra, minha profissão! Não é para usurparem desse jeito.’ A Cultura tinha gente assim. Gente que tinha sido posta a serviço das forças policiais.”
Octávio Frias de Oliveira entrega a Folha da Tarde à ditadura, em 1969, pouco depois do AI-5, o ato institucional que aprofundou a repressão. Até então, a publicação era uma das poucas que buscavam resistir à ditadura, com a presença de Jorge Miranda Jordão na direção e, entre os repórteres, Carlos Alberto Libânio Christo, o Frei Beto. Jordão foi demitido e preso. Frias o acusou de abrir o jornal à ALN, Aliança Libertadora Nacional, de Marighela.
No lugar, entram na Folha Antônio Aggio Junior, funcionário da Secretaria de Segurança Pública, que passa a dirigir a redação, e os delegados Carlos Antônio Guimarães Sequeira, agente do Deops, e Antônio Bim. Outros da tropa eram os investigadores Carlos Dias Torres e Horley Antonio Destro, além de um major da PM paulista, Edson Corrêa, que circulava pela redação com uma pistola automática à mostra.
Escreveu o EX-, na matéria sobre o Vlado:
“O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo comunica ainda que o sepultamento do jornalista Vladimir Herzog será realizado segunda-feira, às 10 horas e 30 minutos, saindo do velório do Hospital Albert Einstein, no Morumbi, para o Cemitério Israelita, no km 15 da Rodovia Raposo Tavares. E conclama os jornalistas de todas as redações de jornais, revistas, rádio e televisão, sem exceção, a que compareçam para prestar a última homenagem ao companheiro desaparecido. A DIRETORIA (apenas 2 jornais de São Paulo não publicaram esta nota: o Diário Popular e a Folha da Tarde).
Na redação desse último jornal, do Grupo Frias, um homem chamado Torres foi visto por jornalistas, que ele chefia, a se erguer sobre uma mesa para gritar que a morte de Herzog tinha sido justa e que esse seria o fim de todos os que pensavam como ele. No ar desse final de domingo surgiram outros sinais: os telefones do jornal O Estado de S. Paulo e do Sindicato dos Jornalistas começaram a apresentar um estranho chiado. Quase ao mesmo tempo os jornalistas começaram a identificar carros particulares, chapa fria, que rondavam as imediações do Sindicato e algumas redações.”
“MAS A GENTE NÃO PODIA FUGIR DA NOSSA NATUREZA. EU IA MORRER DE VERGONHA SE NÃO PUBLICASSE AQUILO. EU NÃO IA ME RECUPERAR, JAMAIS.” Mylton Severiano sobre o medo e o desafio de publicar a única reportagem da morte de Vlado.
Um jornal sob pressão
Publicada a reportagem, agências de publicidade sob pressão cortaram os raros anúncios no EX-. Uma delas alegou ameaças telefônicas. Leitores cancelaram assinaturas. Um pai de família enviou documento registrado em cartório, anulando o pedido de assinatura feito pela filha estudante. Outro exigiu de Armindo Machado, responsável pela administração, a ficha de assinatura da filha, também estudante, e incinerou até não sobrar nada.
A ideia era que fosse um tabloide mensal, mas nem sempre deu. O jornal teve quatro fases. Na primeira, que durou até o EX- 4, apesar de ser sempre um trabalho em grupo, de toda a turma, Sérgio de Souza e Narciso dividiam a liderança, com a prevalência de Serjão.
O nº 1, feito na casa de Sérgio, publicado em novembro de 1973, chega cutucando fundo o regime, com linguagem “no fio da navalha”, no limiar do escancaro: um Hitler blasé numa praia dos trópicos, cheia de palmeiras e coqueiros, completamente à vontade, tomando banho de sol.
Myltainho sai contando: “O que era aquilo? Hitler deleitando-se em Copacabana. Maneira sutil e bem humorada de dizer tudo sem dizer.”
O EX- 2 não deixou por menos: refestelado, seminu, em pose de pin-up, sobre uma echarpe de pele, fumando um charuto e exibindo um sorriso colgate, Henri Kissinger, secretário de Estado americano, apoiador de ditaduras, como a brasileira, envolvido nos golpes do Chile e da Argentina, nos conflitos do Vietnã e Camboja, no genocídio em Bangladesh, responsável por milhões de mortes na Ásia e América Latina, durante a Guerra Fria.
Mas foi o terceiro que, além de trazer a Polícia Federal, contribuiu para afastar uns dos outros da turma, alguns por mais tempo. A capa era mais uma montagem “na unha”, com papel, tesoura, cola e spray color jet de Hamilton Souza, um dos irmãos de Serjão. Não existia Photoshop. Dessa vez, o jornal trazia Richard Nixon, com barba por fazer, “bem bandido”, gorrinho e uniforme de presidiário, em uma referência ao Caso Watergate (que levou ao impeachment do chefe da Casa Branca). O problema é que a edição vai para a banca a dois meses da posse, em 15 de março de 1974, do general-presidente Ernesto Geisel. E participaria da cerimônia a mulher do líder norte- -americano, Pat Nixon.
Lana Nowikow, mulher de Sérgio, lembra em detalhes: “Um dia, depois de entregar as crianças que transportava da escola para casa (com as nossas, eram 13), vi a aterrorizante Chevrolet C-14 cinza na nossa porta. Sérgio saiu acompanhado por três homens. ‘São da Polícia Federal, vou prestar esclarecimentos’. Perguntei se podia ir junto. Sim, podia segui-los. Fui até a PF da rua Piauí. Fiquei por algum tempo na sala de espera, até que me mandaram embora. Foram dois dias angustiantes (quantos não voltavam depois dos tais esclarecimentos).”
“Os militares acharam que a publicação de 8 mil exemplares ofendia o chefe de Estado de nação amiga”, ironiza Nitrini.
Sérgio e Narciso foram acusados de infringir o decreto-lei n° 898, de 29 de setembro de 1969, a famigerada Lei de Segurança Nacional:
“Art. 21. Ofender publicamente, por palavras ou escrito, Chefe de Governo de Nação estrangeira:
Pena: reclusão, de 2 a 6 anos.”
Depois de fichados e de uma noite de interrogatórios, saíram. Serjão decide dar um tempo de São Paulo. Fica oito meses mal. Começa a tomar medicação para agorafobia. Aceita um convite de José Hamilton Ribeiro para comandar um jornal em Ribeirão Preto, no interior paulista, e não volta mais para o EX-.
“Fiz os primeiros [EX-]. A polícia me chamou. Pensei: não quero mais. Estava muito pesado para o meu gosto. E eu tinha um certo envolvimento. Eu e o Narciso pertencíamos a um partido clandestino [a Ação Popular].”
Kalili leva o EX-, com ajuda de HAF e Myltainho, do 5 ao 6. É a segunda fase. O jornal para com as montagens sarcásticas e duras contra a repressão. O n° 7 já não tem mais Narciso no expediente. Ele é preso, entre setembro e outubro de 1974, um ano antes da morte de Herzog. A razão do cárcere não passa pelo jornal. Dessa vez, fica mais tempo detido e o perigo é maior. •
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