por Adriana Franco | fotos Lalo de Almeida
1 Corpo de um macaco bugio carbonizado por um incêndio florestal que atingiu a fazenda Santa Tereza na região da Serra do Amolar (MS) 2 Incêndio florestal atinge, em agosto, a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Sesc Pantanal no município de Poconé (MT) 3 Funcionários combatem um foco de incêndio na fazenda Santa Tereza. Cerca de 60% da fazenda foi consumida pelo fogo
Em meados de agosto do ano passado, o fotógrafo Lalo de Almeida percorreu, pela primeira vez, a rodovia Transpantaneira para registrar as queimadas na região do Pantanal com o colega Fabiano Maisonnave. O incêndio, relatou em uma das reportagens, é a maior destruição natural que já presenciou e fez com que o repórter terminasse a cobertura por, pelo menos, duas vezes, com a sensação de dever não cumprido. O sentimento de fracasso se deu pelo tamanho da devastação presenciada, “mais impressionante do que imaginava”, segundo ele. Em 2020, o fogo consumiu quase 30% do território do Pantanal, resultando na pior devastação dos últimos 15 anos.
As fotos que você confere neste ensaio fazem parte de uma série de reportagens que o repórter fotográfico fez, em 2020, acompanhando as queimadas na região, as quais devastaram a fauna, a flora e todo o bioma locais. Ao todo, foram cinco viagens ao Pantanal para registrar as queimadas.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) dão conta de que a área atingida pelas queimadas em 2020 chega a quase 33 mil km². De janeiro a setembro, foram 32.910 focos de queimadas – 508% a mais do que no mesmo período de 2019.
Lalo de Almeida é fotógrafo há 30 anos e já recebeu diversos prêmios, entre os quais o World Press Photo 2017 por um ensaio sobre as vítimas do zika vírus. Já atuou em veículos como O Estado de S. Paulo, Veja e Folha de S. Paulo, jornal em que ainda colabora nas áreas de fotografia, vídeo e multimídia.
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